"Agora ela se percebe nos eleitos, em certa medida, na extensão em que foram regenerados pelo Espírito. Entretanto, pleno fulgor ela haverá de fluir somente no céu." (1.15.4, p.185)
Para Calvino, "o propósito da regeneração é este: para que Cristo nos remolde à imagem de Deus" (1.15.4, p.184). Assim, ele nos mostra que Paulo várias vezes faz uso desse conceito, exortando-nos a nos conformarmos com Cristo. O reformador cita alguma dessas características que fazem brilhar a imagem do Criador em nós.
"Põe ele, em primeiro lugar, conhecimento; em segundo, sincera retidão e santidade. Do quê concluímos que, de início, a imagem de Deus foi conspícua na luz da mente, na retidão do coração e na saúde de todas as partes do ser humano." (idem)
Calvino também refuta as heresias de Osiandro, inclusive sua teoria de que apenas o homem seria a imagem de Deus, e não a mulher. O reformador sabe que o termo "compreende tudo quanto diz respeito à vida espiritual e eterna" (1.15.4, p.185), o que inclui o sexo feminino. Calvino também critica a especulação de Agostinho, que falava da alma como reflexo da Trindade. Por fim, combate também aqueles que associam a imagem de Deus ao domínio sobre a terra (idéia forte hoje em dia, e bastante aceitável, em minha opinião).
A mensagem que este estudo deixa, portanto, é essa - que o homem foi criado conforme a imagem de Deus, caiu dessa posição, mas Cristo nos traz de volta ao que fora dado à humanidade.
"Cristo é a perfeitíssima imagem de Deus, conformados à qual somos de tal modo restaurados que trazemos a imagem de Deus em verdadeira piedade, retidão, pureza, entendimento." (idem)
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