Ora, a resposta do reformador é simples e rápida - é a eleição de Deus que determina se aparentes fiéis persistirão ou não. Da mesma maneira, é a graça do Senhor que retira alguns da miséria do pecado e outros não.
"Todos laboremos em igual enfermidade, só recobram saúde aqueles a quem aprouve ao Senhor aplicar a mão curadora. Os outros, a quem, em seu justo juízo, pretere, definham em sua podridão até de todo consumir-se. Nem é de outra parte que uns perseveram até o fim, outros tombam, apenas iniciada a corrida." (2.5.3, p.86)
Assim, mesmo a perseverança dos santos é fruto do poder divino, e não algo em que colaboramos com o Senhor, recebendo algum mérito. A razão pela qual alguns cristãos nominais desviam-se da fé é que a mão de Deus não os presenteou com a capacitação para vencerem.
"Com efeito, também a própria perseverança é dom de Deus, dom que não prodigaliza a todos indiscriminadamente; ao contrário, confere a quem bem lhe parece. Se se procura a causa da diferença, por que uns perseveram constantes, outros por instabilidade desfalecem, não nos é mostrada nenhuma outra causa senão que àqueles, firmados por seu poder, o Senhor os sustenta para que não pereçam; a estes não lhes ministra o mesmo poder, para que sejam exemplos de inconstância." (idem)
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