"Saul ou foi 'arrebatado', ou foi 'entregue' a 'um mau espírito do Senhor' e a 'um mau espírito da parte do Senhor' [1Sm 16.14; 18.10; 19.9]. Atribuir isto ao Espírito Santo é uma impiedade. Logo, chama-se 'espírito de Deus' a um espírito impuro, porque este lhe atende ao mando e poder, mais um instrumento seu em ação do que um agente de si próprio." (2.4.5, p.79s)
Essa doutrina nos deve trazer paz, e não confusão. Não se tratam de atos maus da parte de Deus, mas de seus decretos, que nos dão a certeza de que não estaremos jamais indefesos. Hoje muitos evangélicos vivem temendo o inimigo, pois não reconhecem esse ensinamento bíblico. Que tenhamos a mesma convicção de Calvino ao tratar desse tema.
"Entretanto, com grande diferença, sempre se distingue em um mesmo ato aquilo que o Senhor faz daquilo que Satanás e os ímpios porfiam por fazer. Aquele faz com que sirvam à sua justiça estes instrumentos maus que tem sob a mão e pode volver para onde quer. Estes, na medida em que são maus, em seu agir dão à luz a iniqüidade concebida pela depravação da mente." (2.4.5, p.80)
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