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Comemorando os 500 anos de João Calvino, o teólogo da Reforma, este é um blog dedicado a resumir e comentar as Instituras da Religião Cristã, obra máxima do reformador de Genebra. Que ele seja útil à comunidade, seguindo a mesma intenção de Calvino ao escrever seus livros.

"Este tem sido meu propósito: preparar e instruir de tal modo os candidatos à sagrada teologia, para a leitura da divina Palavra, que não só lhe tenham fácil acesso, mas ainda possam nesta escalada avançar sem tropeços."

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Outras objeções II [ 2.5.14 ]

A questão que se levanta agora diz respeito aos atos que a Bíblia chama de nossos. Ora, se a Escritura associa a nós o louvor e as boas obras, por exemplo, como podemos dizer que eles não vêm de nós, mas de Deus. Por acaso seria o homem como uma simples pedra, lançada de um lado para o outro? Calvino não entende assim.

"Se porventura se alegasse este ponto único, a saber: que se dizem nossas as boas obras, eu, por minha vez, objetaria que se diz nosso o pão que rogamos que Deus nos dê [Mt 6.11]. Que haverão de entender do pronome possessivo, senão que, de modo algum, o que se nos deve de outra maneira, nosso se faz pela benignidade de Deus e por seu gratuito favor?" (2.5.14, p.98)

Uma variação dessa objeção diz que a própria Escritura ensina que de nós mesmos vem a adoração a Deus, a perseverança, a justiça, entre outros. Calvino considera esse questionamento mais forte, mas nos mostra que sua doutrina não é afetada por ele. Seu argumento começa falando dos ímpios. Se Deus usa a ação dos injustos para seus propósitos, isso significa que não têm eles a vontade para isso?

"Portanto, o homem criminoso que, enquanto diligencia por obedecer apenas à sua concupiscência, assim serve ao poder de Deus, porventura o compararemos com uma pedra que, acionada por impulso alheio, não é impelida nem por motilidade, nem por sensibilidade, nem por vontade própria? Vemos, pois, a grande diferença que existe!" (2.5.14, p.99)

Da mesma forma acontece conosco, quando realizamos um ato bom. Deus usa nossas escolhas, ainda que esteja ele agindo para que elas obedeçam a seus mandamentos. O mérito é todo do Senhor, ainda que a ação seja nossa. Novamente, o reformador usa o auxílio de Agostinho:

"Dir-me-ás: Portanto, não agimos, sofremos ação. Pelo contrário, ages e sofres ação, e então ages bem, se do bom estás a sofrer a ação. O Espírito de Deus que age sobre ti é ajudador dos que agem. O designativo ajudador prescreve que também tu ajas em certa medida." (idem)

Calvino alerta que isso não significa que existe algum mérito que possa ser atribuído a nós nessa situação. Pelo contrário, continuamos sendo instrumentos de Deus, e devemos nos alegrar por sermos usados por ele, para seus bons propósitos, e ainda sermos considerados os feitores de tais atos.

"O querer nos é da natureza, o querer bem, no entanto, nos é da graça. Por isso, [Agostinho] dissera pouco antes: 'A não ser que Deus nos venha em auxílio, não só não poderemos vencer, mas nem mesmo lutar'." (idem)
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