"Confirma ele sobejamente que, por sua vinda, nada seria detraído da observância da lei. E com razão, uma vez que ele veio antes para este fim, a saber, para que lhe remediasse às transgressões. Por parte de Cristo, portanto, permanece inviolável o ensino da lei, a qual, instruindo, exortando, reprovando, corrigindo, nos plasma e prepara para toda obra boa." (2.7.14, p.125)
O mesmo pode ser dito de Paulo, que é tido por muitos como alguém que negou a Lei. Pelo contrário, o apóstolo tratava do mesmo assunto. A respeito das maldições, temos os mandamentos como inoperantes, por Cristo se tornar maldito por nós. No entanto, quanto ao ensino e à justiça, a Lei continua proveitosa.
"Portanto, Paulo ensina que devemos tudo fazer para nos desvencilharmos dos grilhões da lei, se não queremos perecer miseravelmente sob eles. Mas, de que grilhões? Dos grilhões daquela austera e hostil exação que nada redime do supremo direito, nem deixa impune qualquer transgressão... Entretanto, isto permanece sempre incontestável: nada se deve detrair da autoridade da lei, e que ela deve ser sempre tomada por nós com a mesma veneração e obediência." (2.7.15, p.125)
Assim, que os cristãos não dêem ouvidos àqueles pastores que se voltam contra a Lei do Senhor. A nossa regeneração torna os mandamentos agradáveis e nos livra da maldição e do medo. Mas isto não significa que o código de santidade proposto por Deus deva ser rejeitado. Pelo contrário, ele se torna mais belo a cada dia ao verdadeiro cristão.
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