"A religião não só lhe é a parte principal, mas até mesmo a própria alma da retidão, mercê da qual toda ela tem alento e possui vigor, pois, fora do temor de Deus, nem conservam os homens entre si a eqüidade e a afeição. Conseqüentemente, chamamos ao culto de Deus o princípio e fundamento da justiça... Dizemo-lo, ademais, ser a fonte e o espírito da retidão, porquanto, se honram a Deus como o Juiz do reto e do iníquo, dele aprendem os homens a viver entre si moderadamente e sem malefício." (2.9.11, p.138)
Para aqueles que tem um mínimo conhecimento da Escritura, o paralelismo está claro. Essa ordem dos mandamentos faz jus ao que Cristo diz sobre aqueles que são o resumo da Lei do Senhor.
"Por essa razão, nosso Senhor, como o registram os evangelistas [Mt 22.37, 39; Mc 12. 30, 31; Lc 10.27], coligiu toda a lei, sumariamente, em dois itens: que amemos a Deus de todo o coração, de toda a alma, de todas as forças, e que amemos ao próximo como a nós mesmos. Vês que das duas partes em que encerra toda a lei, uma ele a dirige para com Deus, a outra ele destina aos homens." (idem)
É importante termos essa verdade em mente. Não podemos nos enganar com atos de justiça que não têm como base a genuína adoração. "O primeiro fundamento da justiça é o culto de Deus", nos diz Calvino (2.8.11, p.137). Que nossos corações gravem essas palavras enquanto estudamos os Dez Mandamentos nas próximas seções.
"Ouçamos agora Deus mesmo a falar com suas próprias palavras." (2.8.12, p.139)
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