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Comemorando os 500 anos de João Calvino, o teólogo da Reforma, este é um blog dedicado a resumir e comentar as Instituras da Religião Cristã, obra máxima do reformador de Genebra. Que ele seja útil à comunidade, seguindo a mesma intenção de Calvino ao escrever seus livros.

"Este tem sido meu propósito: preparar e instruir de tal modo os candidatos à sagrada teologia, para a leitura da divina Palavra, que não só lhe tenham fácil acesso, mas ainda possam nesta escalada avançar sem tropeços."

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Uma expressão inconveniente [ 2.2.7-8 ]

Os calvinistas são conhecidos por negarem o livre-arbítrio. Mas o que significa isso? Alguns dizem que é o mesmo que tratar o homem como máquinas, mas essa é uma visão preconceituosa e caricatural. Calvino nos explica que podemos usar esse termo, pois acreditamos que o homem exerce sua vontade.

"Desse modo, pois, dir-se-á que o homem é dotado de livre-arbítrio: não porque tenha livre escolha do bem e do mal, igualmente; ao contrário, porque age mal por vontade, não por efeito de coação." (2.2.7, p.34)

No entanto, trata-se de um termo problemático, uma vez que essa vontade exercida conscientemente pelo homem está limitada pelos vis efeitos do pecado. Isto é, o homem escolhe o que deseja, mas o que deseja não vai além do mal. Ele é livre, mas serve (ainda que livremente) a um senhor - o pecado.

"Excelente liberdade, sem dúvida, seria se com efeito o homem não fosse compelido pelo pecado a servi-lo; se, no entanto, é escravo por querer, escravo por vontade, de sorte que a vontade lhe é mantida amarrada pelas peias do pecado!" (idem)

Assim, não recomenda-se a expressão "livre-arbítrio" por ser um termo problemático e carregado de pressuposições. Para ser utilizado bem, é necessário que seja definido antes. Um exemplo dessa prática encontra-se nos escritos de Agostinho. O bispo de Hipona usava o termo, mas sempre lembrando que o livre-arbítrio não é totalmente livre.

"Contudo firmemente confessa, em outro lugar, que sem o Espírito a vontade do homem não é livre, uma vez que se fez sujeita a desejos que a acorrentam e a dominam... Em outra passagem, depois de mostrar que o livre-arbítrio é estabelecido pela graça, investe asperamente contra aqueles que a si o reivindicam sem a graça." (2.2.8, p.34)

Portanto, para Calvino e Agostinho, o livre-arbítrio é, na verdade, servo. Sujeita-se a um senhor - o pecado - mas torna-se livre quando Cristo o liberta. Mas, se foi libertado, como alguém pode ser gloriar de tal liberdade? Por isso é recomendável que não usemos tal termo, na opinião de Calvino. Rejeita-se o termo não por uma negação da vontade humana, mas pela necessidade de evitar erros.
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