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Comemorando os 500 anos de João Calvino, o teólogo da Reforma, este é um blog dedicado a resumir e comentar as Instituras da Religião Cristã, obra máxima do reformador de Genebra. Que ele seja útil à comunidade, seguindo a mesma intenção de Calvino ao escrever seus livros.

"Este tem sido meu propósito: preparar e instruir de tal modo os candidatos à sagrada teologia, para a leitura da divina Palavra, que não só lhe tenham fácil acesso, mas ainda possam nesta escalada avançar sem tropeços."

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Algumas advertências [ 2.2.1-3 ]

Um possível colateral para a doutrina da total depravação do ser humano é o desânimo para que se combata a carne. Por outro lado, não podemos deixar que o homem ache que possui em si qualquer capacidade de fazer o bem, que não venha pela graça. Calvino nos apresenta uma proposta quanto a isso.

"Logo, para que não nos atiremos de encontro a estes obstáculos, impor-se-á conservar este curso: que o homem, cabalmente instruído de que em seu poder nada lhe foi deixado de bom e de que de todos os lados está cercado da mais miserável necessidade, no entanto seja ensinado a aspirar ao bem, de que é carente; e à liberdade, de que foi privado; e assim seja mais incisivamente despertado da inação, do que se imaginasse ser dotado de suprema virtude." (2.2.1, p.27)

Calvino sempre se mostrou um leitor (e até apreciador) dos filósofos gregos. Assim, antes de mostrar o que os patrísticos diziam sobre a liberdade humana, ele fala dos representantes da filosofia. Sua conclusão é que nenhum conseguiu entender corretamente o que significa o homem tender ao erro.

"Ora, dizem eles, se é de nossa escolha fazer isto ou aquilo, logo também o não fazê-lo. Por outro lado, se é de nossa escolha o não fazê-lo, logo é também fazê-lo. Mas parecemos fazer de livre escolha as coisas que fazemos e absternos daquelas das quais nos abstemos. Portanto, se algo de bom fazemos quando nos apraza, podemos igualmente deixar de fazê-lo; se algo de mau perpetramos, podemos também evitá-lo." (2.2.3, p.29)

A conclusão que chegamos sobre o ensino filosófico não é muito animadora. A maioria deles só considerava a "sensibilidade" como algo que tendia ao mal. As outras características humanas não apresentavam falhas, mas podiam guiar o homem à bondade. O reformador rejeita esse ensino, que ele resume da seguinte forma:

"Portanto, esta é a suma da opinião de todos os filósofos: que para a reta direção do ser basta a razão do intelecto humano; que a vontade a ela subjacente é, com efeito, pela sensibilidade solicitada às coisas más. Entretanto, visto que tem livre escolha, de modo algum pode ser impedida de por tudo seguir a razão como guia." (2.2.3, p.30)

O mais triste é que a igreja raramente ouve os alertas de Calvino e, sem perceber, acaba abraçando o ensino grego. Isso se comprovará nas próximas seções, quando Calvino analisará o ensino patrístico. É hora de dar ouvidos a essas advertências e não se deixar enganar por vãs especulações.
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