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Abraços
Josa
Comemorando os 500 anos de João Calvino, o teólogo da Reforma, este é um blog dedicado a resumir e comentar as Instituras da Religião Cristã, obra máxima do reformador de Genebra. Que ele seja útil à comunidade, seguindo a mesma intenção de Calvino ao escrever seus livros.
"Este tem sido meu propósito: preparar e instruir de tal modo os candidatos à sagrada teologia, para a leitura da divina Palavra, que não só lhe tenham fácil acesso, mas ainda possam nesta escalada avançar sem tropeços."
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Se existem tantas diferenças entre Antigo e Novo Testamento, isso significa que Deus é inconstante e mutável? Calvino deixará claro que não. O reformador nos explica que não é o Senhor quem muda, mas os homens; e em diferentes épocas, ele governo o mesmo plano em fórmulas diferentes, mas com a mesma substância. O teólogo de Genebra usa a imagem do fazendeiro que prescreve diferentes tarefas no inverno e no verão, e do pai que de maneira diferente cuida da criança, do adolescente e do jovem.
A última das grandes diferenças entre os dois testamentos envolve o cuidado de Deus junto às nações. Enquanto na Lei, Deus se voltou a apenas uma nação, Israel, agora o Evangelho é direcionado para todos os povos.
O reformador prossegue sua exposição nos dando a quarta grande diferença entre o Antigo e o Novo Testamento:
Baseado nos versos de Jeremias 31.31-34, em que Deus promete uma nova Aliança entre ele e seu povo, Calvino nos apresenta a terceira diferença entre os testamentos, auxiliado pelos escritos paulinos.
"Outra diferença de Antigo e Novo Testamentos é expressa nas figuras, uma vez que naquele a realidade estava ausente, ostentava somente a imagem e uma sombra em lugar do corpo, este exibe a realidade presente e o corpo real." (2.11.4, p.209)
Depois da longa seção sobre as semelhanças entre o Antigo e o Novo Testamento, Calvino lista agora as diferenças entre os dois pactos. Porém, ele nos lembra que devemos tomar cuidado ao tratar o assunto.
Finalizando essa seção, Calvino passa a citar os profetas posteriores, demonstrando que eles também criam em um futuro bastante diferente da prosperidade material que os judeus tinham (ou poderiam ter) na época antiga. Com a proximidade da vinda de Cristo a natureza dessa vida futura tornou-se cada vez mais clara para aquele povo.
A lição que podemos tirar dessas últimas seções é não confiarmos nos bens terrenos, nem esperar que eles nos dêem satisfação. Em certo momento Deus reunirá de maneira gloriosa céus e terra, restaurando a harmonia do universo. E ali estarão também os cristãos, recebendo bênçãos muito maiores que temos na era presente.
O reformador prossegue em sua análise da esperança dos justos do Antigo Testamento. Estariam eles esperando algo além de bênçãos materiais? A resposta de Calvino, analisando agora as vidas de Jacó, Balaão e Davi, é: sim. O mesmo vale para o povo de Israel, que eram peregrinos mesmo chegando à Canaã.
A análise de Calvino das vidas dos personagems do Antigo Testamento mereceria um post para cada um deles. Como, porém, temos as próprias Institutas, seria mais proveitoso cada irmão ler esses trechos que eu apenas reproduzir aqui. O reformador faz esse resumo das vidas de Adão, Noé, Abraão, Isaque e Jacó, e outros, para demonstrar que dificilmente podemos considerar as bênçãos que receberam nessa vida como a bem-aventurança prometida por Deus.
A questão das bênçãos dadas aos personagens do Antigo Testamento continua sendo tratada por Calvino. Eles receberam uma herança espiritual ou meramente tesouros terrenos? Uma análise de diversos personagens mostrará que os nossos pais tiveram acesso à mesma vida eterna que teremos.
Calvino continua sua exposição da similaridade entre os dois Testamentos, lembrando que a fé em Cristo, o Mediador, é comum ao povo antigo e à igreja. Temos o exemplos diversos na Bíblia, e o reformador destaca alguns:
Calvino enfatiza as semelhanças entre o Antigo e o Novo Testamento nesse capítulo. Uma de suas intenções é combater as heresias propostas por Serveto e grupos anabatistas, que rejeitavam os judeus como herdeiros da vida eterna. Para o reformador, vemos apenas uma forma de governo diferente, de uma aliança que vem pelo mesmo Mediador.
A dicotomia Lei e Evangelho continua sendo tratada por Calvino. Diferente de muitos grupos, o reformador não entende que haja uma distinção tão grande entre essas duas porções da Palavra. Ele reconhece que Paulo usa os termos de maneira contrária ás vezes, quando quer discutir a justiça quem da lei e a justiça que vem da fé.
Depois de várias seções sobre a Lei, Calvino passa a analisar também a natureza do Evangelho, comparando essas duas porções da Escritura. Para o reformador, os judeus receberam certa revelação de Deus, porém algo não tão valioso quanto recebebemos - a saber, Cristo.
Novamente, o mestre francês mira nas idéias inovadoras dos escolásticos. Dessa vez, Calvino critica a noção errônea entre pecados mortais e veniais. Entenda-se pecado venial como "um desejo pecaminoso sem assentimento deliberado, que viceja no coração não por tempo demorado" (Tomás de Aquino, citado em 2.8.58, p.159). Isto é, teríamos um tipo de mal que não seria tão grave ofensa contra Deus quantos os pecados "comuns". No entanto, o reformador explica que tanto esse desejo quanto a ação vêm do mesmo lugar.
Na época de Calvino, os teólogos escolásticos haviam transformado os mandamentos de amor ao próximo em meros conselhos, algo que nem toda igreja poderia suportar. O teólogo de Genebra faz menção direta a Tomás de Aquino, criticando a idéia tomista de que a ordem para amarmos nossos inimigos e não buscarmos vingança só se aplica ao povo leigo.
O tema do amor ao próximo - expressão da Lei do Senhor - é desenvolvido um pouco mais por Calvino nas próximas seções. A pessoa do próximo é o tema principal agora, mas antes é preciso que entendamos a expressão "como a ti mesmo". Para o reformador isso significa que precisamos amar aos outros com a mesma intensidade que amamos a nós mesmos. Com efeito, aquele que dedica-se apenas a si mesmo mostra viver uma vida miserável e fria.
Encerrando sua exposição dos Dez Mandamentos, Calvino agora volta-se novamente para a natureza e o propósito da Lei. Primeiramente, ele nega que ali o Senhor nos apresenta apenas rudimentos ou algo simples. Pelo contrário, é uma afirmação da vontade e da mente de Deus.
"Não cobiçarás a casa do teu próximo, não cobiçarás a mulher do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma do teu próximo." (Êxodo 20.17)
"Não serás testemunha falsa contra teu próximo." (Êxodo 20.16)
Na segunda parte de sua exposição do oitavo mandamento, Calvino apresenta algumas aplicações práticas. A primeira delas é que devemos a todo custo lutar para que as pessoas mantenham seus bens e, ao mesmo tempo, não devemos nos apegar demais aos nossos.
"Não cometerás furto." (Êxodo 20.15)
Como foi dito na seção anterior, nem todos têm o dom do celibato, portanto é necessário que o cristão se case. Calvino entende que o homem que não se casa certamente perderá a batalha contra sua própria carne, e isso ele enfatiza diversas vezes. O jovem cristão, em especial, deve guardar essa verdade e não fugir daquilo que Deus nos propõe como igreja.
"Não cometerás adultério." (Êxodo 20.14)
"Não matarás." (Êxodo 20.13)
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