"O Senhor susteve esta economia e esta ordem na administração do pacto de sua misericórdia, de sorte que, quanto mais com o correr do tempo se aproximava o dia da plena revelação, com tanto maior clareza o quis anunciar." (2.10.20, p.202)
O reformador lembra que muitas vezes Deus utilizou comparou os benefícios eternos a benefícios temporais, a fim de que o povo pudesse entender bem suas dádivas, mas em geral a mensagem estava clara - viria um reino de bens eternos e espirituais. Alguns dos textos citados nessas seções são Ezequiel 37 e Isaías 26. Outros mostram mais claramente a glória futura, como Isaías 66 e Daniel 12. Tudo isso mostra que Israel abraçava esperança semelhante à nossa.
"O Antigo Testamento, ou Pacto, que Deus firmou com o povo de Israel, não se limitara às coisas terrenas; ao contrário, continha a promessa da vida espiritual e eterna, cuja expectação se impôs que fosse impressa na mente de todos quantos anuíam verdadeiramente ao pacto." (2.10.23, p.204)
Portanto, que o crente não abrace o erro dos saduceus que criam numa realidade sem ressurreição e sem imortalidade. A esperança dos pais é a mesma nossa, de vivermos num reino com o Messias amado.
"Pois Cristo, o Senhor, promete hoje aos seus não outro 'reino dos céus' senão aquele onde se reclinem com Abraão, Isaque e Jacó [Mt 8.11], e Pedro declarava que os judeus de seu tempo eram herdeiros da graça do evangelho, por isso eram 'os filhos dos profetas, incluídos no pacto que Deus havia outrora firmado com seu povo' [At 3.25]." (2.10.23, p.204s)
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